Vivemos numa época estranha.
Absolutos e certezas são desvalorizados. Referenciais são descartados e há uma
celebração constante de tudo que fuja ao comum e ordinário.
Nesse turbilhão de mudanças, você
já se perguntou por que os engenheiros usam plantas para construir edifícios?
Já pensou sobre a necessidade que você tem de um mapa, mesmo usando um sistema
GPS, ao chegar em uma nova cidade? Já imaginou se o mar não obedecesse aos seus
limites? Qual seria a segurança em uma construção feita sem referenciais? E se
as ruas mudassem de nome e lugar o tempo todo?
Em um mundo de incertezas, o
tempo todo estamos nos apoiando em constantes. Você espera que seus amigos
estejam ali para chorar ou celebrar ao seu lado. Você espera que seu cônjuge
esteja tão disposto quanto você de passar a vida inteira dedicando-se aos
planos que vocês fizeram ou aos sonhos que tiveram juntos. Poucas coisas nos
surpreendem. E a maioria das pessoas sofre com mudanças e não gosta muito de
surpresas desagradáveis e algumas nem gostam de surpresas.
Nessa época estranha em que
pontos de referência são tomados como estupidez ou radicalismo, todos evitam
extremos. Em cima do muro é bom. Tem que ter equilíbrio. Nada de opiniões
fortes. Sem essa de que certas coisas não mudam. Veja o que acontece lá do
outro lado do mundo... Pessoas matando em nome do seu radicalismo, explodindo
tudo, esse terrorismo desumano. A fé é cega, a religião é feia, o absoluto e
certo é uma ignorância. Será mesmo?
E se a bússola deixasse de
apontar o norte? Se as estações se confundissem? Se as calotas polares
derretessem? Se as correntes marítimas mudassem? Pare por um momento e pense
nas consequências dessas mudanças.
Porque neve, gelo e temperaturas
negativas não são agradáveis ao ser humano, vamos aquecer as calotas polares e acabar com o inverno.
Esse negócio de norte, sul, leste, oeste é preconceito, vamos abolir os pontos
cardeais e chamar todos de norte. Não gostamos de calor demais. Vamos mudar o
clima e deixar uma temperatura constante e agradável o ano todo em todos os lugares, nem chuva, nem sol.
Vamos calar as pessoas que vivem sob certos padrões. Vamos matar todas as
nações muçulmanas porque é de lá que vêm os terroristas. Aquelas criancinhas
naquela escola estão aprendendo a ser homens bomba.
Não seja radical. Não existe esse
negócio de certo e errado. Cada um deve seguir seu coração e fazer o que achar
melhor para si mesmo.
Bem, eu tenho um norte em minha
vida. Possuo um mapa e uma direção clara. Você pode discordar, mas só lhe dou o
direito de dizer que isso está errado se vier a conhecer cada palavra como
conheço. Se vier comigo caminhar pelas ruas traçadas nesse mapa e conhecer a
cidade que foi preparada para a justiça. Para começar posso esclarecer algumas
coisas.
Não adianta se apoiar no seu
coração:
Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Jeremias 17:9
Se você pensar um pouco, verá
como seu coração te inclina em muitos momentos para direções que não são
agradáveis e te leva a caminhos que você teria vergonha se viessem a público.
Estou certo? Ótimo. Vamos adiante.
Meu pressuposto é que, SIM,
existe um Criador. E nEle tenho uma segurança maravilhosa:
Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Ml 3:6
Filhos de Jacó, são os
israelitas. Esse é o povo com o qual Deus tem uma aliança. Através desse povo,
há uma herança para todas as nações:
Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam. Sl 86:5
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Hb 4:16
Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Tg 1:17
Mudanças são necessárias. Mas em
toda mudança, é necessário manter algumas constantes e você sabe disso. Não
destrua seus referenciais porque a sociedade está impondo. Não se deixe
enganar, não se deixe perder pelo caminho. Existe um só norte.