segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tenho saudade. Sinto falta de Ti...

Pensei sobre a amizade. Pensei no que havia ouvido. Talvez a imagem que melhor retrate o sentimento e a lembrança seja a que o Pequeno Príncipe trazia à memória quando falava do seu pequeno planetinha, da sua rosa, do seu vulcão, do temor aos baobás.
Estávamos no fim do almoço, momento que separamos recentemente para um pequeno devocional em família. Líamos sobre João Batista, sobre a forma como ele tinha claro sua identidade, como ele soube quem era Jesus e da forma como viveu aqui. Lembramos que depois de experimentar de forma maravilhosa a presença de Jesus e as confirmações sobre seu ministério, João foi levado à prisão e seguidamente sentenciado à morte, momento de profunda angústia e tristeza para qualquer pessoa. Então João enviou seus discípulos a perguntar para Jesus se era ele o cara, ou deveriam esperar outro. Que pergunta hein? Depois de tudo, depois de tanto? Felizmente Jesus não respondeu isso. Tampouco disse um simples "sim" ou "não". Jesus respondeu:
Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim. Mt 11:4-6
Jesus lembrou gentilmente a João a Palavra pela qual ele mesmo conhecia a sua identidade e a de seu Salvador. Não foi uma experiência que João teve que determinou seu ministério, nem que revelou a ele a pessoa de Jesus. Foi a Bíblia que ele tinha em casa, que seus pais liam com ele e sobre a qual ouvia nas sinagogas. Não era exatamente nossa Bíblia, era um conjunto de livros normalmente tratados como "a Lei e os Profetas". Os mesmos livros que os escribas utilizaram para saber onde o Cristo haveria de nascer, os mesmos livros que Jesus lia, que seus contemporâneos estudavam e que falavam de forma tão clara dele.
João não temeu perguntar, porque Jesus havia se feito acessível. João não temeu ser julgado, nem condenado por questionar. Ele teve medo e perguntou. Mas perguntou à pessoa certa. Não perguntou aos seus carcereiros, nem ao tirano que o prendeu, menos ainda aos religiosos da época. Ele pediu a Jesus que desse algum indício. E Jesus tocou onde era sensível: lembrou-lhe da Palavra, por onde havia conhecido todas as coisas do tempo que vivia.
Depois do pequeno estudo, minha esposa orou agradecendo pela Palavra, e pela forma como hoje podemos conhecer Jesus tão claramente, sabendo que temos muito mais em nossas mãos do que mesmo João Batista teve. Agradecendo pela revelação e pedindo que o Senhor nos mantivesse assim, aprendendo dEle e conhecendo Sua vontade através do mais perfeito modo disponível: a Bíblia, pedindo para pudéssemos guardar sua Palavra, mantê-la perto, em nossa boca e em nosso coração para cumprí-la. 
Meu filho Davi, de 3 anos e 10 meses, seguiu orando e disse assim: 
Jesus, brigado porque tu vive no meu coração... porque cuida de mim... E eu sinto falta de ti Jesus! Mas eu sei que o Senhor, tá no céu e não tá longe, mas tá sempre pertinho da gente, no nosso coração, amém. 
Jamili e eu nos olhamos imediatamente, quase chorando, enquanto ele abre os olhinhos sorrindo e cita parte de um cântico: 
Que não vive longe lá no céu... (e continuamos cantando) sem se importar comigo, mas agora ao meu lado está, cada dia sinto seu cuidar, ajudando-me a caminhar, tudo Ele é prá mim.
 Sentimos falta de ti também Senhor. Esperamos o dia em que vamos nos encontrar contigo, e viveremos para sempre perto do Senhor, que nos amou e por nós morreu. Saudades...

Um comentário:

Nautikaweb - Soluções para Internet disse...

"Putz grill".. como diz Oscar Filho (CQC).

Cara.. confesso que me questionei no meio da leitura "Poxa.. sorte de João que pode perguntar pra Jesus"...
logo após ler mais algumas linhas vi quão "ingenuidade" a minha.

Jesus está vivo, e está aqui!
Muito mais perto do que João tinha ele naquele momento.

Obrigado Jesus por esse "acesso direto" a ti. E como todo filho, tmb tenho "saudade do pai". Não vejo a hora!

Bom texto maninho.
Tens abençoado muito em minha vida, tanto em palavras, textos e principalmente em amor.

Abração a toda a família!